Dia 8 - 13 de Outubro - ajustes e reajustes

Ontem a Emilie foi a Xylokastro e talvez se vá mudar para lá, sempre tem mais franceses com quem falar e uma vida um pouco mais citadina. Eu ganho um quarto só para mim, que isto da Interculturalidade é muito engraçado mas há espaços meus que são sagrados, mas perdemos no treino linguístico cá por casa.

Hoje foi dia de pouca vontade de acordar e de trabalhar (eu só sofri da pouca vontade de acordar...)

Nem o gato se mexia de manhã, arranjou um toldo quentinho e lá estava ele. Os mosquitos, em contrapartida, passaram a noite toda a trabalhar em mim...

Entretanto hoje foi dia de trabalho de precisão para mim: acabar o interior da caixa de ressonância, não estou satisfeito com o resultado mas sei de ante-mão que nunca vou estar, e como este é o primeiro instrumento dou o benefício da dúvida.

Depois disso cortei o tampo; fez-se o furo e estive a fazer uma peça de madeira cheia de truques que depois de colada por dentro do tampo lhe vai dar uma curvatura. Estou a gostar de fazer cordofones...

Um dos voluntários passou a manhã na cama, eu passava a manhã e a tarde na oficina se pudesse!

Depois do almoço, um momentinho de internet e fui dar uma volta com o meu didgeridoo. Fui para um miradouro que há aqui na aldeia e aproveitei que tinha a máquina comigo para gravar algumas partes para ir trabalhando, aproveitar o tempo aqui.

Às vezes sinto que estou aqui numa espécie de reclusão mas também me está a fazer bem para repensar algumas coisas e trabalhar em assuntos mais ou menos pendentes.

Quando voltei a casa ouvi barulho na oficina e lá fui eu ter com o Sr Costas para o ver trabalhar, estava a aparelhar madeira, estive a ver e a ajudar quando podia. Depois estive a falar com ele, ele em grego e eu em português (lindo de se ver).

Hoje veio um dos turcos de Xylokastro cá a casa e esteve por casa durante a tarde. Entretanto estivemos a conversar um pouco, mostrei-lhes o didgeridoo e estivemos por aqui com 2 de treta.

Por hoje é mais ou menos isto, deixo um vídeo daqui da aldeia, no tal miradouro para terem uma ideia.