dia 6 - 11 de Outubro - começamos a viver juntos

Os nossos amigos lá chegaram ontem à noite, tinham ido para Atenas com os outros turcos que estão num outro projecto a 14 km daqui.

Ontem falaram-me de um sítio aqui na Grécia chamado Meteora, assimque pesquisei no Google passei-me com o que vi e decidi ir visitar este lugar antes de me ir embora! Vamos a ver se consigo. Entretanto continuo à procura de mais músicos de didgeridoo e não encontro quase nada, já mandei dois emails, vamos a ver.

Bom, hoje de manhã estávamos 3 prontos às 8h, só começámos às 8h45.

A nossa mentora também é nossa orientadora no trabalho, o que não é exactamente aquilo que é suposto nestes programas. Ela olhou para o trabalho que eu já tinha feito e mandou-me arredondar a parte de trás do braço do instrumento, entretanto explicou aos outros como deviam começar o trabalho deles e depois entregou-me duas lixas para alisar a o corpo do instrumento. Aqui ainda entendi que fosse por não haver grosas para todos e aceitei. Não gostei muito que ela tivesse pegado no instrumento e começasse a lixar numa máquina e ainda por cima a deixa-lo pior do que estava, mas dei o benefício da dúvida. Depois de eu estar a lixar 5 minutos veio ter comigo e dizer que íamos fazer a caixa de ressonância, depois ia ter muito tempo para lixar. Bom....

Mais uma vez tirou-me o instrumento das mãos e começou a furar com o berbequim, eu perguntei se podia fazer e ela disse que não, que eu ia ter tempo de trabalhar. Confesso que por esta altura já não estava a achar graça a este esquema, pelos vistos vimos aqui aprender mas só fazemos depois de alguém fazer e sem nos deixar experimentar, não me parece bem feito mas para já vou ver no que isto dá, depois logo terei hipótese de me expressar.

Parte positiva do assunto: aprendo como não ensinar e tenho a possibilidade tirar fotografias para registo!
Depois desta aula de desbaste à bruta tive uma aula de lixar à bruta e com umas fresas estive a limpar o interior da cavidade feita. Aqui estão as ferramentas utilizadas hoje :

Por volta das 11h começámos a limpar e fomos às compras. Antes ainda estivemos a falar das regras da casa.

Fomos tratar de alguns assuntos: farmácia, correios, banco e depois supermercado. Na farmácia eu traduzia do francês da Emilie para inglês para a Ageliki que falava em grego com a senhora que nos estava a atender. O trânsito por aqui é algo de delicioso, farto-me de divertir, é uma confusão!!!!

À vinda do supermercado a francesa reparou que não tinha o telemóvel e começou a dizer que lho tinham roubado e a ficar stressadíssima. Eu, que já conheço este filme, só lhe dizia para ter calma e voltar a ver nos bolsos, na carteira, se tinha a certeza que o tinha trazido com ela. Ela cada vez stressava mais e dizia que já tinha visto tudo e que de certeza que tinha sido roubado. Por esta altura eu percebi que não valia a pena insistir e disse-lhe que se ligava a bloquear o telefone e tudo se havia resolver, no fundo já imaginava que ela o tinha deixado nalgum sítio ou que, como é típico, estaria nalgum compartimento da carteira dela onde não costuma estar.

Chegámos a casa, ela entrou a correr à procura do telefone e depois apareceu a sorrir a dizer que estava na carteira, no forro - as usual!

Chegámos a casa e começámos, agora sim, a ter a percepção que vivemos todos juntos: já há banhos a tomar, prateleiras do frigorífico a arrumar e partilhar, armários a ocupar e louça a lavar, agora sim começa em pleno a co-habitabilidade!

O tempo está mauzito, com frio e chuva e não se pode fazer barulho em casa entre as 14h e as 17h.