sexta-feira, 15 de outubro de 2010

dia 10 - 15 de Outubro - fim da primeira semana

Hoje de manhãzinha a Emilie abandonou a casa e foi para outro projecto numa cidadezita aqui mais perto onde também havia mais francesas.Ontem perguntei-lhe se era essa a estratégia dela para aprender inglês, ehehe, estou a ser venenoso!

A verdade é que isto às vezes cheira um pouco a Big Brother cá em casa. Por falar nisso, está a passar um Big Brother num dos canais gregos, irónico, não?

Mas estamos aqui por causa de um Baglamas, de Baglamas vamos falar!

Hoje estive a adaptar o tampo ao corpo do instrumento e depois estive a trabalhar na parte de cima onde se vão fixar as cravelhas, já me andava a incomodar desde o início por estar toda assimétrica e torta. Hoje estive a aperfeiçoa-la com recurso a um molde de papel. Não está perfeita porque falta secar a madeira que leva os trastos ou testiera em grego.

Foi na testiera que estive a trabalhar depois disto. Os rasgos para os trastos já estavam feitos por ser um trabalho de precisão, que também estivemos a aprender a fazer. Escolhi e fiz a forma da parte que fica no tampo e colei-a ao corpo. O trabalho está a ficar cada vez mais preciso, com mais detalhe. Na construção dos didgeridoos também há esta fase em que os pequenos detalhes mas também os pequenos defeitos dão mais nas vistas. É também quando o risco de um erro estragar o trabalho é maior.
Fica o instrumento a colar até segunda-feira. Está a começar a ganhar forma.
 Às sextas-feiras é dia de aula teórica cobre medidas e desenhos das peças, madeiras e história do instrumento. Hoje foi sobre a testiera: como se constrói, que ferramentas se usa e que medidas tem.

 A seguir ao almoço estive a pesquisar na Internet como ir a Meteora no fim de semana mas entretanto decidi que ainda não vai ser este fim de semana, ainda não arranjei forma de ir sem ser tão dispendioso uma vez que tenho de passar lá duas noites!

Ao fim do dia fui dar uma volta para descansar os olhos do computador e segui uma estrada que atravessa a aldeia a pensar que iria dar a outra aldeia, a certa altura transformou-se em estrada de monte deixando evidente que não ia a lado nenhum em especial mas como a paisagem estava bonita resolvi continuar.
Descobri que esta malta tem o mesmo péssimo hábito que nós de criar lixeiras no meio do monte, suficientemente longe para a gente não as ver de casa mas suficientemente perto para lá se ir levar os trambolhos num instante.
Voltei para casa, disto tenho eu muito em Portugal, obrigado

Estava aqui a escrever o post quando os meus amigos turcos me deram a provar Pismaniye, uma espécie de algodão doce turco que é muito bom. Quando perguntei o que era aquele pó verde e eles não sabiam o nome em inglês a Internet fez das suas, em menos de um segundo o Google ensinou-me que aquilo é Pistachio!
Não resisto a partilhar mais uma coisa: no Grego todas as palavras com mais que uma sílaba levam acento na tónica! E mais, eles têm 5 formas de escrever a letra I!!!

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