sexta-feira, 22 de outubro de 2010

dia 16 - 21 de Outubro - verniz e burocracias

Ontem à noite estive a trabalhar nos dois didgeridoos que estão em progresso e começa a ser difícil testar todas as coisas novas que me ocorrem para os didgeridoos feitos a partir de rolos de papel higiénico

Ontem esqueci-me de contar aqui uma história parva que me aconteceu durante o dia. Estava eu com uma lixa muito fininha a fazer pó de madeira para um pratinho, para depois fazer betume para as imperfeições. Quando estou a lixar, volta e meia, bufo para mandar embora o pó para perceber o que estou a fazer.
Às tantas dou por mim a pensar: agora lembra-te de soprar para mandar o pó embora! Ri-me com os meus botões, continuei a lixar e às tantas veio um mosquito incomodar-me perto da boca.... Bffffff! Pronto, ao fim de 5 minutos foi-se o pó todo num segundo!


Hoje de manhã estive a lixar, a dar acabamentos no Baglamas e chegou a hora de fazer os furos para as cravelhas. Tive um pequeno desentendimento com a Ageliki porque ela queria marcar os furos a partir do exterior da peça e eu achei melhor marca-los a partir do centro do instrumento que é a única linha 100% fiável. Perguntei-lhe porque não podia fazer assim e ela tirou-me o instrumento das mãos para começar a marcar com a resposta: Porque não é assim que se faz. Não insisti. A vontade de fazer outro instrumento de cordas cresce...
Estivemos a fazer os furos e adapatá-los às peças onde estão as cravelhas. Estes furos foram feitos no berbequim de bancada para ser mais fácil. Mais uma vez não fui eu quem os fez, fiquei limitado a ligar e desligar a máquina - diferentes abordagens à arte de ensinar.
Cravelhas apontadas ao sítio e o bicho já começa a parecer-se mais com um instrumento de cordas, não acham?










Quando estávamos a dar forma ao corpo do instrumento estalei um bocado da madeira na parte de trás da cabeça (vou-lhe chamar assim) e estava ansioso por testar as cravelhas para ver se lhe podia fazer o mesmo do outro lado para ficar mais equilibrado.
Lá fui eu lá para fora lixar e acabar de aperfeiçoar o que faltava, mas hoje éramos outra vez só 2 na oficina.
Também andava com vontade de usar o pirogravador da oficina para fazer umas brincadeiras, estive a escolher a ponta que ia usar e a testá-la noutra madeira.
Ao que parece num dos outros grupos houve um rapaz que pirogravou o nome dele e, quando soube que podia gravar o que lhe apetecesse, desatou a escrever montes de coisas no instrumento todo.





Depois chegou a hora de lhe dar a primeira envernizadela!!! Preparei tudo, as últimas lixadelas, o sítio onde ia ficar a secar, o verniz, pincel e ataquei este trabalho.

Mal comecei a envernizar os defeitos saltaram todos à vista sem dó nem piedade! Mas eu já sabia que isto ia acontecer e soube manter a calma...

Lá ficou ele pendurado como um bacalhau para secar. estou mortinho por ver como ficou.

Falta lixar, envernizar, lixar e envernizar, fazer a ponte ou cavalete e as cordas...


A seguir ao trabalho estive a testar coisas nos didgeridoos, depois tive aula de grego. Tive só eu porque os turcos não apareceram.

Depois da aula fui de boleia com a professora para Xylokastro. Tinha combinado como dono da escola de música uma reunião às 21h30 então tinha decidido que a seguir à aula de grego ia a Xylokastro tomar um banho no mar.

Por volta das 4 da tarde Xylokastro estava completamente deserta, depois de tomar o meu banhinho de mar, que estava um bocado revolto demais para me pôr com grandes aventuras sem ninguém por perto, andei a vaguear pela cidade à procura de um sítio para fazer horas e comprar cola branca.


Acabei por me cruzar com alguns dos voluntários que lá estão, conheci a casa deles e a cadela que os segue para todo o lado.

Às 8 a professora de grego ia voltar para Kiato e lá fui de boleia com ela. Também estive por Kiato a fazer horas até à reunião onde estivemos a falar de pormenores sobre o concerto que lá vou fazer na escola e, se achamos Portugal complicado para organizar coisas, ninguém imagina a dificuldade e burocracia que é preciso para se organizar aqui alguma coisa!!!

Depois da reunião chamei o Táxi que depois de me apanhar ainda apanhou 2 dos turcos que também por lá andavam. Foi bom que ficou mais barato!

Fica uma foto da mata que fica mesmo à beirinha da água e Xylokastro, onde os outros voluntários estão a trabalhar na limpeza e manutenção.


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